Sem ter motivo ao certo que isso aconteceu. Foi de repente e, quando vi estava nos teus braços aos prantos sem ter a razão que lhe faltava. Respirava com dificuldade, não tinha fôlego. Momento único esse que apenas falávamos com o coração. E ele batia com força, esperando talvez uma resposta tua.
Bobo e recíproco talvez. Mas tinha certeza: havia medo. Medo de si, de nós e daquilo que nos transformamos, ocasionado por dúvidas, incertezas e imaturidade. E como doeu por todo esse tempo, distantes e pertos ao mesmo tempo. Sempre foi difícil, cruel, sempre procurando acreditar naquilo que era belo para os nossos olhos.
Presos a dogmas e paradigmas nesse ambiente em que não existe o certo ou o errado, mas, apenas o construído. Vi o pôr-do-sol ir e suas roupas não estava mais aqui. Vi o fogo apagar e seu corpo não estava junto ao meu.
E quando não está meu céu fica fechado trazendo consigo uma inconstante tempestade. Estou molhada e com frio, e novamente estou aos teus braços procurando está seca no teu conforto. O teu olhar diz tudo: você também não estava feliz, você sentiu minha falta. Seu coração estava me esperando de volta. E como hábito feminino, chego atrasada, lhe trazendo agonia e lhe tirando do sério.
E toda vez ouso dizer “voltei agora pra ficar”. E no fundo você sabe: Nunca foi nunca é e por que dessa vez iria ser?Sempre é uma ida feroz e uma volta carinhosa e de arrependimento. Paciência parece ser teu semblante, compreensão parece ser teu abraço, e teu olhar? Nem me atrevo a dizer, a pensar, me permito apenas em sentir e ao ouvir do teu silêncio: “Sim”. Mesmo que seja só por hoje ou por esse momento escuto bem baixinho a tua voz no meu ouvido dizendo ”....” era e é e também será amor eterno.
Digi_Nanda
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